Descrição
Sob o tecido da pele, a dobra da árvore mostra quanto tempo tem escondida em seus anéis, seus galhos e olhos. Na árvore da dobra as questões de genealogia e gênero arrepiam os pelos. No encontro entre os artistas Ana e Thiago sobressaem dois temas: o corpo árvore, que reflete sobre a nossa relação com os não humanos, sobretudo com as florestas; e o corpo dobra, que desdobra questões das nossas contradições e complexidades enquanto humanos.
Dobra, uma dança origami
Solo de dança distópica com exageros e reentrâncias. Dobrar muitas vezes. O corpo, o espaço, a normalidade. Tornar-se muitas, labiríntica, múltipla. Dobrar os ventos, as articulações, as vozes, os sentimentos. Um exercício do olhar: ser-se complexa. Com velocidade atravessar denúncias transformações histórias dores risos ironias.
Ficha Técnica
Dança e concepção: Nabi Brandão
Provocadores: João Rafael Neto e Thiago Cohen
Orientações ópticas: Hélio Brandão
Desenho gráfico: Naiara Rezende e Bernardo Oliveira
Luz: Naiara Rezende e Nabi Brandão
Fotos: Alexandra Martins, Ravena Maia e João Rafael Neto
Apoio: Deslimites Mediações Artísticas, Corpo em Casa e Casa Rosada
Trilha sonora: ASMR de papel dobrando, batidas bineurais, “Beba doida” de Gabi Amarantos, “Depois eu penso” de Zé Cafofinho.
Classificação etária: 14 anos