Descrição
Num momento em que os casos de violência doméstica se agravaram, intensificados pela pandemia e que o isolamento social representou também o silenciamento das vítimas que agora passam mais tempo com seus agressores, o projeto “SOBEJO - Porque ainda é preciso gritar ” idealizado pela atriz e produtora Eddy Veríssimo traz novamente em cartaz um espetáculo de denúncia e guerrilha que se propõe a realizar três apresentações ao vivo do monólogo Sobejo, com estreia no dia 08 de março - Dia da Mulher. Data escolhida para reafirmar o compromisso com a vida e bem-estar de mulheres e meninas.
O monólogo interpretado por Eddy Veríssimo, indicada na categoria de melhor atriz para o Prêmio Braskem de Teatro em 2016, conta com trilha sonora de Roquildes Júnior e tem direção do dramaturgo Luiz Buranga. O espetáculo narra a história de Georgina Serrat, uma mulher que vê sua dignidade, felicidade e sonhos frustrados quando descobre no casamento a face violenta do marido.
SOBEJO - porque ainda é preciso gritar é um chamamento ao público a não se calar perante a todas as formas de violência que uma mulher estar suscetível: física, moral, sexual, patrimonial e psicológica. De acordo com o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos ocorreu um aumento de mais de 50% no número de registros de violência doméstica no período do isolamento social e, por isso, gritar significa aliar-se na proteção de vidas femininas. Segundo Eddy Veríssimo, um dos objetivos do projeto é “utilizar a arte como ferramenta de transformação, apostando na multiplicação da consciência através do teatro, a fim de evocar outras mulheres a denunciarem seus agressores e sensibilizar toda a sociedade”, disse a atriz.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.