Descrição

Selfie-performance. Autorretratos em movimento que versam sobre a violência e as tensões sociais arraigadas no estado brasileiro, a partir do corpo autobiográfico feminino, negro e dissidente. É também ritual de reconstrução de Orí, a cabeça, a partir dos usos da sensualidade e do erotismo do corpo, acima de tudo da voz que no trabalho é compreendida como ferramenta de insubmissão. Mas, antes disso, é busca, processo, devir, caminhos para uma poética do inacabamento.

A obra autoral idealizada por Sanara Rocha fragmenta-se em sete performances visuais e sonoras que falam sobre o impacto do racismo estrutural brasileiro em suas múltiplas dimensões de violência sobre os corpos de pessoas não brancas, especialmente sobre corpos femininos e dissidentes e dialoga sobre a necessidade de reinventarmos rituais de celebração para Orí enquanto prospectamos um afro-futuro positivo mesmo subsumidxs, cotidianamente, em imagens de violência contra as nossas cabeças.

Após a apresentação do espetáculo vai rolar uma atividade "bônus": o PAPOgamBOA, um momento de interatividade com o público em um bate-papo com os artistas

Ficha Técnica

Direção e atuação: Sanara Rocha

ÌYÁ'S – Festival de Arte de Mulheres Negras ÌYÁ’S 

O Festival de Arte de Mulheres Negras foi criado para acolher poéticas, estéticas e narrativas de mulheres negras, nesta primeira edição contamos com cinco espetáculos que representam experiências femininas. O festival acontece entre os dias 11 e 27 de novembro, no Teatro Gamboa On-line. Além disso, três mesas temáticas são formadas para promover discussões sobre feituras femininas, abordando Poéticas, Estéticas e Trajetórias de Mulheres Negras Insurgentes e Teatro de Guerrilha com os atravessamentos da militância. As mesas serão exibidas no Canal do Youtube Estudos em Teatro Negro.

A Reza (Andreia Fábia), Sobejo (Eddy Veríssimo), Ojú Obè (Sanara Rocha), Rosas Negras (Fabíola Nansurê) e VI(elas) - Inah Irenam trazem em suas narrativas ramificações da violência, autoimagem, feituras de cabeça e cuidados com o Ori.

As apresentações serão ao vivo pela plataforma, cumprindo recomendações da OMS, prevenindo o público e elenco dos riscos da covid-19.

As interações estão ocorrendo pelo perfil oficial @festivaliyas, onde atrizes contam como ele vem sendo pensado e quem está por trás de cada projeto.